21 de abril de 2014

Sonho

 
Que todos os seres, em todos os lugares, sejam felizes.



Eu saio da Sapana sempre uma mulher nova. Hoje venho de lá com o sabor de um dia de Verão na pele. Fui procurar ingredientes para uma salada noturna de Verão, uma noite romântica a dois. Ingredientes da terra, massas frescas e um vinho gelado.




Já há muito tempo que não tinha esta sensação e sinto que, pouco a pouco, volto ao sítio que é o meu. Saí de lá há alguns anos, sabe-se lá a propósito de quê, e a cada momento do meu passado recente consigo perceber uma peça neste puzzle que me puxa mais ao centro. Como se fosse uma mandala a chamar-me – a minha mandala está a chamar. Eu pedi-lhe que me chamasse porque já não conseguia encontrar o caminho até ela. Agora parece que a ouço. 


Hoje saí da Sapana com a energia a correr-me na pele, na carne. Senti a energia enraízada no chão pelos meus pés, pelas minhas pernas. Senti-me tremer como varas verdes mas tal como o bambú não verga, eu dancei e fiquei. Estou a caminho do meu centro e parece-me que estou cada vez mais perto. Consigo senti-lo no paladar, consigo sentir a sua música, o seu aroma de noite de Verão com vinho fresco, amor e pés descalços.





Amanhã será dia de celebrar com a Sapana o bem que me fez desde que o ano começou. Eu sou uma miúda inspirada e ali conheci um ninho parecido com o meu. Ali também me senti em casa. Aquele ninho é dos que oferecem asas para voar e motivos para voltar. Sempre que ouço o apelo volto...e saio de lá uma nova mulher. Hoje saí Verão; solta e dançante, fresca e musical.




Amanhã é dia de conhecerem a Sapana na RTP1 entre as 17h e as 18h. Estaremos lá, como uma família a que eu sinto pertencer; uma família que deixei invadir-me porque falamos a mesma língua. É amor. É também este ninho estival, carregado de música quente e vibrante. É sonho, Sapana é sonho. É essa a nossa língua comum. 



No carro, com as janelas abertas, a cantar com o ventre.



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